segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Frustrações de uma professora universitária

Hum, honestamente, começo esse post sem saber sobre o que escrever. Mas quero passar o tempo, segunda-feira nublada e com ressaca moral do final de semana, quanto mais rápida passar melhor. Se bem que de noite tenho prova de Estatística (detalhe: se algum dia alguém puder escapar dessa matéria, fuja o mais rápido e para o lugar mais longe possível) e isso não é uma coisa agradável.

Fico eu aqui pensando o que leva alguém a cursar matemática, se especializar em Estatística e ser professor numa universidade barata no interior do Rio Grande do Sul. Só pode ser alguém frustrado na vida, não tem outra explicação. Analise isso comigo: imaginemos que a cidadã se dava bem em matemática no ensino médio. Por influência dos pais, dos colegas, dos professores, dos hormônios da adolescência e sabe-se lá do que mais ela decide cursar Matemática. Sendo uma jovem inocente e ingênua, ela se apaixona pelo seu professor de Estatística (sei lá se tem isso no curso, mas deve ter), o que a faz pensar que também é apaixonada pelas estatísticas em si.

Terminada a faculdade, ela não conseguiu ficar com o tal professor. Por causa dessa frustração, vira lésbica (desconfio que seja). Mas ainda assim decide se especializar em Estatística, só para poder provar que não ia bem só por dar em cima do professor. Feito a pós, ela busca algum emprego onde a estatística realmente teria alguma utilidade, como o IBGE ou algum instituto que faz essas pesquisas eleitorais que tem por ai. Mas não consegue nada, porque não sabe porcaria nenhuma de Estatística. Então só restou ser professora em uma faculdade barata no interior do RS.

Por fim, pra esconder as frustrações que passou por toda a vida, vive o tempo inteiro com um sorriso idiota no rosto, já que não conseguiu ficar com o professor, virou lésbica, não achou nenhuma outra lésbica que queira ela, se especializou numa coisa extremamente inútil, foi rejeitada nos empregos que tentou e agora ta fadada a se aposentar dando aula. Ah, ainda tem o fato que ela não aprendeu a falar decentemente quando era criança pois sua mãe não tinha dinheiro nem saco pra pagar uma fonoaudióloga. A frustração só aumenta por causa disso porque ela não consegue ensinar para os alunos, o que faz com que eles não gostem dela por irem mal nas provas e não aprenderem nada. Isso aumenta a desgraça e consequentemente ela não ensina direito e....por ai vai.


Eu ia ainda escrever sobre alguns outros motivos de ainda ir nessas aulas, mas isso fica pra outro post....

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